quando que eu nunca vou descobrir
que esse negócio nos olhos
que chamam distância
e que arrepia os pêlos
não tem colírio
que não o colibri
que a rede das nossas pestanas
em acordes desarmônicos da saudade
não fisgam passarinho ou borboleta
são só o leito da varanda
que faz a cama
mas não forra os olhos
Então quando os fecho
e vejo perfeitamente nada
desperfeitamos o escuro
para se ver
e dessa desvisão
acabou o tempo.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
Poemeto Nordestino
Fui batizado de lonjuras
esse cisco arteiro do olho
que vai pro cabelo e gera piolho
o palhaço, que traz no rosto um novelo
sou eu com mais abotoaduras
e a máscara, lavada de lágrimas, virando um molho
é o começo das lonjuras que falei no começo
do gesto de passaredo, não me esqueço
os novelos do meu rosto, num enredo
enredam minha postura
e, qual planta que não conheço
faço do céu meu credo
desenraizo da terra dura
e adoentado de asas padeço
esse cisco arteiro do olho
que vai pro cabelo e gera piolho
o palhaço, que traz no rosto um novelo
sou eu com mais abotoaduras
e a máscara, lavada de lágrimas, virando um molho
é o começo das lonjuras que falei no começo
do gesto de passaredo, não me esqueço
os novelos do meu rosto, num enredo
enredam minha postura
e, qual planta que não conheço
faço do céu meu credo
desenraizo da terra dura
e adoentado de asas padeço
quarta-feira, 7 de julho de 2010
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