quarta-feira, 20 de maio de 2009

O dia de hoje

O dia está extremamente bonito hoje
As nuvens dançam
Coreografadas pelo vento e pelo sol
Que ventam e soleiam

Esticam-se, elas, as nuvens
Distendendo pernas, braços e pescoços
Num ritmo quebrado
Fazendo muitas formas
Extremamente plásticas
Sob o céu azul

São bailarinas contemporâneas
No palco do firmamento
Ao som do próprio respirar do dia
Cantado por esta mesma poesia

De repente, adentra a rolinha
É protagonista
Solando em braçadas rápidas
Nadando, voadora, o céu sem fim

A rolinha, tola como só ela,
Acrescenta notas à música do dia
Notas da sua própria alegria
Tola.

Ela não vê as nuvens.
As nuvens não veêm nada.
Não são humanos, e, por isso,
Não dançam,
Não rimam,
Não nadam,
Não nada.

E este é só mais um dia comum
E eu, que sou só mais um
Poeta triste
Esqueço desse dia,
Acabo essa poesia.

Um comentário:

Faça da interrupção, um caminho novo.