quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Da janela do ônibus

Da janela do ônibus eu vi o Rio passando
Escorria como ressaca
até as poças do Aterro.
Eu te liguei e você atendeu
E a sua calma era um berro
já que não tem mais você e eu

Da janela do ônibus eu vi o Rio chorando
Escorria como samba
e molhava Botafogo.
Eu liguei pruma amiga querida
e ela me ouviu e veio logo
porque é vindo e vendo que é a vida

Da janela do ônibus eu te vi se molhando
Escorria como criança
de blusa branca e short rosa.
Eu te vi e fiquei te vendo
sabendo que você está toda prosa
pois minha poesia aguou no relento

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