quinta-feira, 4 de julho de 2013

Alaura

olhos molhados
eu estou molhado de você

vou me afogar no seu corpo louro
afogado
me fala de lado

eu falho te ver no escuro
silhueta
seu rosto calado

se eu dançasse o seu trançado
ou se traçasse o seu compasso
esse sussurro só seria nosso

cio na voz:
à revelia desse laço
outra relação revelada
qual foto lavada

a pose de lado
molhada
me olha intercalado
ora me mata de amor
outra me acha chato

achei assim você naquele lindo dia
sem força, sem compasso e sem trança
nossa frança virava hungria
sua mão me chamou de carinho
seu abraço foi feito de linho

não me escapa da lembrança

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