Sou agora capaz de compor
um milhão de poesias
tamanha a minha nostalgia
Tanto choro, tanta reza
tanta alegria
tanta tristeza, quanta tristeza!
Qual o poema que mais tem travessias?
Qual o poema que mais tem poesia?
Qual?
Recitando-os, revendo-os, todos eles
de Homero às Flores do Mal
onde está a poesia?
A poesia que me toma conta
me domina, me arredonda
E, tomado por essa onda,
me espanto e me expando
Ex-namorado, ex-filho,
ex-eu,
Caminhando nas fotografias
que me fazem chorar
lembrando desses tempos de inocência
e de perene alegria
Nas rimas que faço
há algo daquele tempo
um tempero... um cheiro!
Sempre sinto os cheiros mais incomuns
Esse deve ser um deles
Mas é reles isqueiro
perto do fogaréu
dos Meus mundos, da minhas impressões
mais insanas e desgovernadas
mais bobas e apaixonadas!
Tão jovens, tão intensas!
Ah! fotografias!
Deviam ser feitas do material mais
divino! E todos os anos atrás
refeitos na sua filha e cria
gritam como pássaros selvagens
presos nas redes da nostalgia.
E quando choro, choro por mim
e por tudo que fui
e não sou mais.
Por Eduardo, por todos os meus
Eduardos.
Tempo tão feliz!
que esperava desde que nasci!
Agora que passou, perdi,
Já foi.
Agora, eu já morri.
Que lindo Ian!
ResponderExcluirEm troca te ofereço o mais belo sorriso
Beijocas
eu tb sinto cheiros incomuns! que me rememoram muitas coisas, as vezes nem sei o que...
ResponderExcluirbem virginia woolf essa sua poesia!
gostei muito!
me identifiquei bastante!
um beijo londrino! hehehe coberto de neve, bem gelado! hahahah