quarta-feira, 31 de março de 2010

O poema presente

to com o rancor de todo tronco dárvore
preso na garganta
não sei direito
as vezes acho que passarinho só pode contar história
não sei direito

to suando que nem jogador de futebol
sem fazer nada
e com um torcicolo dos diabos
sem fazer nada
só saudosando aqueles olhos arteiros

Um passarinho me contou
que pra voar mais alto que avião e nave espacial
a gente precisa ser poeta
quanto maior somos no poetismo
mais alto é o salto nosso

Então faz de conta
que esse passarinho nos deu asa
porque a gente recitou direitinho e bonito
e vamos pra Lua, cravar nossa bandeira
na torre de nosso castelo de areia

Um comentário:

  1. pois é, maus poetas. a referência não era a você, óbvio (até por que seus poemas de agora tão escrotando tudo, bons demais, menos o do irmão). Mas cada vez mais eu ando concluindo que a boa mesmo é fazer poemas ruins. É o meu manifesto, paralelo e dialético com o seu cosmopolitismo.

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