Te dei a chave pro meu coração
pra você que nem sabe o que eu tô sentindo
pra você que nem me entende direito
pra você que é cego e corre na avenida, solto
pra você que pedala na vieira souto
pra você que me vê envergonhada
pra vasta várzea da minha vida
que você nunca me viu
e que eu nunca te vi
e que, por coisas tão inexplicáveis quanto a poesia
por coisas tão banais e tão inúteis quanto a poesia
avistamo-nos.
Agora, me descobre
devagar, vaga, perde-se
que meu cabelo esconde os olhos
porque meus olhos não me escondem
eu achei que isso foi uma poesia.
ResponderExcluire só quem é foda vai desentender.
quem é escroto vai querer entender:
bas dum tem qui endender dada....
tu fez um negócio com as palavras ae...
a melhor parte do teu poema é
"pra você que pedala na vieira souto"
é a parte mais concreta e mais poética
por consequinte...
porque o verbo pedalar é bom pro delírio
assim como o trocadilo da vieira souto - solto...
os trocadilhos que se fazerm no som
arrombam o sentindo...
eu gosto de poesia assim, como essa,
quando você sai meio arrombado
sai mais macho (com o coração mais forte de poema)
e mais viado (podendo chorar sem razão)
"Agora, me descobre
ResponderExcluirdevagar, vaga, perde-se
que meu cabelo esconde os olhos
porque meus olhos não me escondem "
aaaah, que lindo...
hehehe, comentários sentimentais
pedala!
ResponderExcluir(o tapa)
bom.
é como um amor de pôr do sol.
se se desenvolve, vira noite e lua, o que é legal.
mas, se não, vira areia no pé que é chata e que suja o ralo do banheiro.