segunda-feira, 27 de junho de 2011

Invenção sobre o vento

Olho no reflexo
das gotas de apuros.
Meu olho é complexo
conjunto desses muros

A natureza morta
passa em passos presos
tanto tímida, quanto corta
meus dedos, velhos novelos

Meu labirinto, tem porta de entrada
A tempestade é que faz o caminho
por dentro de mim, repinta meu ninho
e pela saída só deixa a pegada

Da chuva, o vento me invade
esvazia meu ventre
vela essa voz
e sussurra esse solitário suspiro

Qual bailarina de furacão
A vida se revolta
- são ventos de revolução

As ondas viram viagem,
as rimas viram balão

E de vento em vento,
inventa-se uma solução.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça da interrupção, um caminho novo.