segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Seu poema (?) pouco obsceno

(seu mesmo, você sabe)

Eu te colocava nos moldes
(se disse isso, isso se podia)
Eu te metia nos conformes

Bati essa dura barra braba
No meu carro não
Desci a vida inteira nessa
contramão
Eu vou
Eu vou ser feio pra sempre

Eu metia
No reverso, do avesso
mentira minha, o inverso mesmo seria, né?

Não sei fazer isso (o "isso" é pra soar ambíguo mesmo) direito, você sabe, sou péssimo nessas horas de vamO vÊ - te olhava mais daí do que de cá.
Mas dava pra me olhar mesmo assim, digo, me encarar com a cara limpa. Por que a gente cismou tanto, se...? A gente tem mais espaço sem se ver, isso é certo; mas também, quem não tem? O sufocamento também dá prazer, não é?

Sempre esse sussurro
(e fique certa que sempre que ecoa esse esse pelos meus lábios vêm os seus esses nas minhas mãos, plurais e outros sexos, nesses sibilos sós)

Mas não exagere, não é nada demais
eu sei lá
eu sei lá
não tô nem aí

Também não se avexe
Depois de tantos tantos - que resta disso?

(não sei mesmo)


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