Sinto o sono de uma prece.
Seria sincero se sarasse
Desse sarampo
Só meu.
Sabia - sempre soube
- que seria assim.
Sou aquela cigarra.
Saco...
Aquela cigarra
que só sabia cantar.
Os sonetos já sobraram nos silêncios;
Os assentos já se encheram,
Assim, sem mais nem menosssss
Ssssibila, cigarrinha
Ssssibila, ssssalta, ssssolfeja e explode!
De dor de cantar, de calor, de ferro
Sua música, seu requien, seu ode
A si mesma, o seu berro
Desesperado e solitário.
Ssssilvos de pirilampos,
Vaga-lumes, elfos.
E você, cigarra, sempre sozinha
Sassaricando na selva.
Pula, salta, amassa a relva
E volta pra morrer em paz no seu lar
de passarinho.
Sem isso, a nossa poesia
Minha e sua, cigarrinha,
seria menos que essas formigas.
Saúdem nossa seresta amiga,
Súditos dos assassinos das sílabas!
Ssssibila bastante, cigarrinha
ResponderExcluirAntes de mergulhar no rio
E nadar que nem árvore
sua poesia tá começando a voar
ResponderExcluir(PUC-RIO)
ResponderExcluir2)Que figura de linguagem predomina to texto?